quinta-feira, 7 de julho de 2011

O último olhar

Joaquim Lobo, o fotógrafo português que melhor terá documentado a independência de Angola, faleceu esta semana. Um portfolio para recordar o seu trabalho.


A imagem correu mundo: um soldado português com a última bandeira portuguesa hasteada em Angola dobrada e metida debaixo do braço. A fotografia que marca o momento simbólico da independência da ex-colónia portuguesa fdoi tirada pelo repórter fotográfico Joaquim Lobo, falecido esta segunda-feira, 4 de Julho, em Lisboa, aos 67 anos.
Joaquim Lobo foi o fotógrafo português que melhor terá documentado a independência daquele país africano. Ele aterrou em Luanda em Setembro de 1975, na companhia de Carlos Cáceres Monteiro, ambos repórteres de O Jornal, um jovem semanário que surgira apenas seis meses antes, iniciativa de um grupo de jornalistas que decidira formar uma sociedade. Durante mais de dois meses, Lobo e Cáceres Monteiro permaneceram em Angola. Cinquenta e duas imagens deste período estiveram expostas, no final do ano passado, no Arquivo Municipal Fotográfico de Lisboa.
Fotógrafo que vivia a sua profissão com intensidade, Joaquim Lobo trabalhou na revista Flama, no diário A Capital, no semanário O Jornal (e também nas outras publicações da Projornal, entre as quais JL e Se7e) e nos primeiros meses da VISÃO. Numa entrevista que deu recentemente à RTP, dizia, a propósito do trabalho de Angola: "Quando as fotografias não têm leitura, quando não antecipam tudo aquilo que está escrito, não são fotografias noticiosas. São apenas retratos de algo."



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