O incêndio no reator 4 da central nuclear Fukushima libertou substâncias radioativas para a atmosfera, mas, já antes, o governo tinha anunciado que o nível de radioatividade na zona é perigoso para a saúde
Segundo a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), "o tanque do combustível usado no reator nuclear 4 da Fukushima Daiichi estava a arder libertando radiatividade diretamente para a atmosfera". |
Já antes, o primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, alertara a população que vive num raio de 30 quilómetros em volta da central nuclear de Fukushima para permanecer dentro de casa evitando assim exposição a radioatividade. Antes do anúncio da AIEA, os valores de radioatividade da zona estavam já estimados em 8.217 microSievert, muito acima dos 500 permitidos.
O porta-voz do Governo nipónico reconheceu já que o nível de radioatividade em redor da central de Fukushima é perigoso para a saúde.
Já hoje, após a explosão no reator número dois que terá danificado a piscina de condensação da cerca de confinamento concebida para impedir as fugas de radiatividade em caso de acidente, a própria operadora da central nuclear, tinha admitido temer uma fuga radioativa.
Novo balanço
As autoridades japonesas atualizaram hoje para 2.414 o número de mortos e para 3.118 os desaparecidos em consequência do sismo seguido de tsunami que abalou na sexta-feira a região nordeste do país.
Apesar de os números estarem constantemente a serem atualizados, as autoridades nipónicas não excluem a possibilidade destes virem a ser muito mais elevados e vários municípios já declararam milhares de desaparecidos ou mortos que não estão incluídos nas listas oficiais da polícia.
Só na cidade de Minamisanriku, na prefeitura de Miyagi, cerca de 9.500 pessoas, ou metade da população local, não é localizada desde sexta-feira, mas aqui as autoridades também colocam a possibilidade de parte dos desaparecidos/incontactáveis se terem refugiado em povoações vizinhas.
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