Uma "dor no coração" e uma "separação dolorosa" são mais do que apenas metáforas, concluiu um grupo de investigadores norte-americanos, depois de verificar que o cérebro reage de forma semelhante a uma dor emocional e física.
Com recurso a ressonância magnética funcional, um grupo de investigadores descobriu que as áreas do cérebro que reagem a uma queimadura são as mesmas que são ativadas quando se pensa na pessoa amada que nos deixou. Ou seja, ao que parece, o cérebro não distingue claramente a dor física da dor emocional intensa, conforme explica um dos envolvidos no estudo, professor assistente de psicologia na Universidade de Michigan.
Publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, a investigação sublinha o papel que sentimentos de rejeição e outros traumas emocionais podem desempenhar no desenvolvimento da dor crónica, como no caso da fibromialgia.
Os investigadores recrutaram 21 mulheres e 19 homens com história de dor crónica ou doença mental mas que tivessem sido abandonados pelos companheiros nos seis meses anteriores. Os voluntários submeteram-se a ressonâncias magnéticas funcionais, que permitir monitorizar a atividade do cérebro, enquanto passavam por experiências dolorosas fisicamente - simulando o efeito de uma queimadura - e emocionalmente - foi-lhes pedido que olhassem para fotografias dos seus ex-parceiros e recordassem momentos juntos.
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