Porque é que ainda continua desempregado? Continue a enviar CV para tudo e para todos, a preparar-se mal para as raras entrevistas que conseguir e depois queixe-se do mundo e do estado do país.
Fonte: 07/02/2012 | 10:40 | Dinheiro Vivo
Acorde
e pense.
Costuma dizer-se que "se se fizer sempre a mesma coisa obtém-se sempre os mesmos resultados”. Então porque é que continuamos a repetir coisas que sabemos que não funcionam?
Costuma dizer-se que "se se fizer sempre a mesma coisa obtém-se sempre os mesmos resultados”. Então porque é que continuamos a repetir coisas que sabemos que não funcionam?
Temos o
caso, por exemplo, das pessoas que estão à procura de trabalho e enviam
centenas, por vezes milhares de CV, e nunca recebem respostas. Em qualquer
outro contexto, isto mereceria uma mudança de abordagem, mas elas continuam a
enviar mais.
O difícil mercado de trabalho actual faz com que ainda seja mais importante parar com o envio de candidaturas sem sentido e analisar o que não está a funcionar — porque o problema poderá ser devastadoramente simples.
O difícil mercado de trabalho actual faz com que ainda seja mais importante parar com o envio de candidaturas sem sentido e analisar o que não está a funcionar — porque o problema poderá ser devastadoramente simples.
No ano
passado, fui visitado por um destes remetentes crónicos de currículos. A Sheryl
tinha enviado mil currículos em dez meses e nem para uma entrevista
sequer tinha sido chamada. Ela trouxe uma cópia do seu currículo consigo, e nós
examiná-lo.
Neste, a
meio da página, a negrito, e letra tamanho 14, podia ler-se:EXPERIÊNCIA PROFFISSIONAL Ela nunca havia reparado
no erro de ortografia, mas sem dúvida que quem recebeu e leu o seu currículo
tinha. Por mais arrasadora que esta descoberta tenha sido, Sheryl fez o que era
certo. Ela percebeu que algo estava errado, e com uma análise cuidadosa (e
ajuda exterior) descobriu precisamente o que era. Se está preocupado com a sua
abordagem, faça a si próprio estas três perguntas.*
1. Está a conseguir 5 a 6 primeiras entrevistas por cada 100
currículos enviados? Esta poderá parecer uma relação demasiado
exigente, mas a facilidade de enviar currículos na era digital (para além do
estado da economia, claro) significa que existem mais por aí. Se a sua taxa é
inferior a seis por cada cem, é provável que haja algo de errado com o seu
currículo ou o tipo de empregos para onde o está a enviar.
A Sheryl cometeu ambos os erros: Para além da gralha, enviou o seu currículo para todo o tipo de empregos, em todo o tipo de indústrias, e todo o tipo de posições. Se não está obter resultados iniciais com o seu currículo, deixe de o enviar em massa.
1.1) Primeiro, peça a um amigo ou colega de confiança para verificar se tem problemas.
2.1) Em seguida, mude a forma como procura trabalho: Mesmo em tempos sem crise, é provavelmente duas vezes mais difícil arranjar um emprego se limitar a sua procura a sites de classificados de emprego como o Monster e o Indeed.
3.1) Em vez disso, tente procurar emprego através de amigos, estabelecendo ligações através das redes sociais, (principalmente o LinkedIn), candidatando-se directamente através dos sites das empresas, ou mesmo através da tradicional candidatura pessoal. Vise organizações para as quais que trabalhar e aborde-as mesmo que não tenham vagas. Registe o que funciona e repita-o — deixe de fazer o que não funciona.
2. Está a conseguir uma segunda entrevista por cada 8 primeiras entrevistas?
Com base na minha experiência, os candidatos que têm problemas nas entrevistas normalmente não pensaram porque querem determinado emprego. Isso faz com que pareçam inseguros — ou pior — desesperados. Se nunca consegue passar da primeira entrevista, pare e pense cuidadosamente sobre aquilo em que é bom e aquilo que quer num emprego. Se conseguir imaginar e articular claramente aquilo que realmente gosta no trabalho, a sua motivação também aumentará.
A Sheryl cometeu ambos os erros: Para além da gralha, enviou o seu currículo para todo o tipo de empregos, em todo o tipo de indústrias, e todo o tipo de posições. Se não está obter resultados iniciais com o seu currículo, deixe de o enviar em massa.
1.1) Primeiro, peça a um amigo ou colega de confiança para verificar se tem problemas.
2.1) Em seguida, mude a forma como procura trabalho: Mesmo em tempos sem crise, é provavelmente duas vezes mais difícil arranjar um emprego se limitar a sua procura a sites de classificados de emprego como o Monster e o Indeed.
3.1) Em vez disso, tente procurar emprego através de amigos, estabelecendo ligações através das redes sociais, (principalmente o LinkedIn), candidatando-se directamente através dos sites das empresas, ou mesmo através da tradicional candidatura pessoal. Vise organizações para as quais que trabalhar e aborde-as mesmo que não tenham vagas. Registe o que funciona e repita-o — deixe de fazer o que não funciona.
2. Está a conseguir uma segunda entrevista por cada 8 primeiras entrevistas?
Com base na minha experiência, os candidatos que têm problemas nas entrevistas normalmente não pensaram porque querem determinado emprego. Isso faz com que pareçam inseguros — ou pior — desesperados. Se nunca consegue passar da primeira entrevista, pare e pense cuidadosamente sobre aquilo em que é bom e aquilo que quer num emprego. Se conseguir imaginar e articular claramente aquilo que realmente gosta no trabalho, a sua motivação também aumentará.
3. Foi finalista em mais de 8 ou 9 posições, e mesmo assim não
conseguiu o emprego?
Se isso aconteceu, tente analisar o que aconteceu o máximo que conseguir. Embora seja improvável que descubra exactamente o que aconteceu, poderá ter algumas pistas. Um candidato interno ficou com o trabalho? A vaga deixou de existir? Estes são os tipos de razões sobre as quais não tem controlo, por isso não lhes dê importância. Continue a insistir como teria feito se alguma destas razões alheias não existisse.
Se isso aconteceu, tente analisar o que aconteceu o máximo que conseguir. Embora seja improvável que descubra exactamente o que aconteceu, poderá ter algumas pistas. Um candidato interno ficou com o trabalho? A vaga deixou de existir? Estes são os tipos de razões sobre as quais não tem controlo, por isso não lhes dê importância. Continue a insistir como teria feito se alguma destas razões alheias não existisse.
Contudo, se não foi o
caso, é possível que tenha um problema com as suas referências. Se pensou que a
aposta estava ganha até ao último momento ligue às suas referências (e poderá
adivinhar quem é o culpado na sua lista), e poderá ter que remisturar ou
substituir as suas referências conforme achar apropriado. Quando estiver à
procura de emprego, é importante ter me mente que fazer o que sempre fez não é
suficiente. Pense nisso a sério, e depois aja. Afinal de contas, isso é o que o
seu patrão quererá que faça quando aceitar o emprego.
*As relações fornecidas aqui
são indicativas para a área de Boston, que é um dos melhores sítios para se
procurar emprego (A oferta de emprego em Lisboa ou no Porto poderá ser muito
diferente) . Não estou a afirmar que são científicas — mas este tipo de análise
poderá na mesma ajudá-lo no processo de procura de emprego, independentemente
da sua localização.
Nota Dinheiro Vivo: Este artigo
é um original da Harvard Business Review. Apesar do mercado americano ser
bastante diferente do português, optámos por traduzi-lo na íntegra,
já que contém indicações e conselhos importantes para quem procura emprego.
Sem comentários:
Enviar um comentário