Artur Correia, 43 anos, é cabouqueiro e por estas bandas chamam-lhe "Turista": em Alqueidão da Serra todos têm uma alcunha. Há vinte anos que se dedica à arte de partir pedra preta, raridade geológica que se concentra quase em exclusivo no concelho de Porto de Mós.
O martelo pesa cerca de quatro quilos. Por dia, se o tempo ajudar, trabalha perto de meio metro cúbico de calhaus. Se chover pára. Se o sol apertar, vai com os colegas para a tasca mais próxima, para se refrescar com umas minis.
"Chanfana", ou melhor, Rui Saragoça, 49 anos, é outro dos sócios desta exploração. Começa o dia começa às nove da manhã e termina entre as 19h e as 20h. "Isto tem muito que se lhe diga. Quem sabe partir pedra branca não sabe partir preta", diz.
Por ano, saem da pedreira do Cabo da Várzea entre 500 a 600 metros cúbicos de pequenos paralelepípedos, com medidas entre os 4x5 centímetros e os 5x7 centímetros. Cada metro custa duzentos euros.
Sem comentários:
Enviar um comentário