Aqui se conta a história de Bryon Widner, um antigo líder skinhead disposto a queimar a cara com ácido "só" para apagar as marcas (literalmente, visto que tinha o rosto todo tatuado) do seu passado.
Ela era membro da Aliança Nacional, uma organização separatista; Ele era co-fundador dos Vindlanders, um grupo de skinheads com um longo cadastro de crimes. Quando casaram, em 2006, desistiram dos ideias de supremacia da raça branca, tiveram um filho e estavam dispostos a esquecer o passado. Mas as suásticas e outros símbolos tatuados no rosto de Bryon Widner e palavra "ódio" nos nós nos dedos não o deixavam passar pelo pai dedicado que o ex-skinhead agora sentia ser. Os vizinhos evitavam-no, os potenciais patrões recuavam quando viam as tatuagens.
Decidido a apagar essas marcas do passado, Widner e a mulher começam a procurar soluções. Poucos médicos tinham feito cirurgias para remover tatuagens tão extensas e o preço era demasiado alto. "Estava preparado para mergulhar a cara em ácido", recorda o antigo extremista, em declarações à Associated Press.
Em desespero de causa, a mulher, Julie, tentou um último recurso: Daryle Lamont Jenkins, fundador de uma organização, em Filadélfia, que se dedica a lutar contra os supremacistas brancos, publicando os seus nomes e moradas e organizando uma espécie de contra-manifestações que decorrem quando há uma ação dos radicais. Daryle Lamont Jenkins é negro.
"Não me importei com o que ela tinha sido ou no que tinha acreditado", lembra o ativista à AP. "Alí estava uma mulher e mãe, preparada para fazer o que fosse preciso pela sua família".
A conselho de Jenkins, Bryon Widner procurou então uma empresa de advogados especializada em direitos civis, a quem forneceu informação "secreta" sobre a forma de atuar dos skinheads e sobre a estrutura interna dos grupos. Também passou à própria polícia informação crucial para combater os grupos supremacistas.
Em troca, Bryon recebeu a ajuda de um dador, que se disponibilizou a pagar as cirurgias. Entre junho de 2009 e outubro de 2010, o ex-skinhead submeteu-se a 25 dolorosas operações. Cada uma, deixou-lhe a face ferida por várias semanas. Mas o desejo de "levar uma vida normal" deu-lhe força para continuar.
No entanto, "normalidade" ainda não é característica da vida de Widner: sofre a perseguição dos skinheads denunciados e vive semi-escondido - apenas um número restrito de familiares e amigos sabe onde vive.
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