sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Cadela no Brasil vai a todos os funerais


Chama-se Branquinha, vive no Brasil e vai a todos os funerais que se realizam na cidade de Avaré. Poderia pensar que estamos a descrever-lhe o comportamento de uma pessoa, mas não. Na verdade, estamos a dar-lhe conta do dia-a-dia de uma cadela que vive na rua e que acompanha todos os cortejos fúnebres. Branquinha não só ajuda os funcionários das agências funerárias, como se preocupa com a segurança dos túmulos e, à própria maneira, ainda presta solidariedade às famílias.


De acordo com o portal da TV Globo, a cadela costuma descansar tranquila debaixo de alguma sombra durante uma boa parte do dia. Mas sempre que um dos funcionários do cemitério local entra na carrinha para ir buscar os caixões, Branquinha fica logo em estado de alerta. Primeiro transforma-se numa espécie de polícia de trânsito, a correr atrás dos carros que circulam na avenida em frente ao cemitério. Quando chega a hora do cortejo fúnebre, toma logo a dianteira e acompanha a caminhada até ao túmulo.


A atitude da cadela é a mesma todos os dias do ano. «Se houver cinco ou seis enterros num dia, ela acompanha-os todos. Quando cehgo ao cruzamento das ruas, ela fica à espera para ver se eu viro ou se sigo em frente. Quando viro para a rua do cemitério, ela segue-me», diz à Globo Fernando Vona, funcionário de uma agência funerária.


Pelas contas de quem trabalha no local, a Branquinha está no cemitério há uns cinco anos. Mas o que ninguém consegue entender é a razão dessa atitude tão curiosa. Carlos António Dias, dono de outra funerária, refere: «Não há explicação de como essa cadela consegue acompanhar todos os enterros. Ela participa do velório e também do enterro».


Ainda assim, há quem desconfie que a história de Branquinha é parecida com a de Akita Hachi, o cão japonês que morreu de velho à espera do dono na estação de comboio em Shibuya, depois de ele ter falecido. A história foi mesmo retratada no cinema.


O coveiro João Caetano dos Reis conta à Globo que Branquinha não sai de perto de um dos túmulos do local. «Eu não sei se ela tem alguma pessoa que tomava conta dela e morreu. Há um túmulo em que ninguém pode mexer, sem que ela não corra atrás», constata.

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