segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Besouros fazem sexo com garrafas de cerveja

Investigações bizarras premiadas. Autarca que quer resolver o problema do estacionamento ilegal passando por cima dos carros com um tanque blindado, também foi distinguido. Não são tão conhecidos como os prémios Nobel, mas quase. 


Os Ig Nobel são exactamente o oposto dos prémios que lhes serviram de inspiração e visam premiar, não os melhores, mas os piores, ou pelo menos, os mais insólitos. A edição deste ano atribuiu o galardão máximo a uma bizarra pesquisa realizada há 30 anos e que envolveu tentativas de acasalamento entre besouros e garrafas de cerveja. Segundo a «BBC», o estudo, realizado pelos entomologistas Darryl Gwynne e David Rentz, visava provar que besouros machos confundiam as fêmeas da espécie com garrafas de cerveja castanhas. 




Os responsáveis contam que o estudo começou por acaso quando faziam uma pesquisa de campo na Austrália e encontraram insectos tentando acasalar com garrafas deixadas na berma de uma estrada. «Era bem óbvio que estes besouros estavam a tentar casalar», contou Darryl Gwyne à «BBC». «Estes besouros têm um pénis enorme, com mais de cinco centímetros. O mais triste é que estes estavam a morrer. Eles não deixavam as garrafas em paz e acabavam por cair das garrafas, exaustos». «Tratava-se certamente da cor, a garrafa parecia ser uma fêmea gigante. E havia marcas nas garrafas que se assemelhavam às marcas nas asas das fêmeas», explicou. 


 Os prémios foram entregues na prestigiada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e contaram com a presença de sete dos vencedores, que, numa demonstração de desportivismo, até pagaram as suas próprias despesas para estarem presentes. «Confio fortemente na ideia de comunicar conceitos científicos a não cientistas e acredito que o humor é uma boa forma de fazer isso. Por isso, acredito que os Ig Nobel são muito positivos», disse à «BBC» o professor Darryl Gwyne, um dos autores da pesquisa sobre o sexo dos besouros. 


 Entre os presentes, esteve também o autarca de Vilnius, a capital da Lituánia, contemplado com o Ig Nobel da Paz por «demonstrar que o problema de carros de luxo estacionados ilegalmente pode ser solucionado passando por cima deles com um tanque blindado». Também os vencedores do ig Nobel da Medicina foram buscar o prémio. Uma equipa de investigadores da Holanda, Bélgica e Alemanha, desenvolveu um estudo que visava mostrar que «as pessoas tendem a tomar melhores decisões a respeito de certas coisas, mas piores decisões a respeito de outras coisas, quando estão com forte vontade de urinar». O prémio de Matemática foi dividido por vários investigadores com uma coisa em comum: todos previram, sem sucesso, o fim do mundo. 


Os americanos Dorothy Martin, Pat Robertson e Elizabeth Clare Prophet, previram que o mundo deixaria de existir, respectivamente, em 1954, 1982 e 1994. O sul-coreano Lee Jang Rim previu que o planeta deixaria de existir em 1992 e Credonia Mwerinde, do Uganda, previu que o fim seria em 1999. O norte-americano Harold Camping, previu em duas ocasiões diferentes o fim do mundo, em 1994 e em 2011. 


 De acordo com os organizadores do Ig Nobel, todos os vencedores na categoria fizeram por merecer este prémio por terem «ensinado ao mundo como ser cuidadoso quando se faz cálculos e suposições matemáticas». Os prémios Ig Nobel são entregues há 21 anos pela revista humorístico-científica «Annals of Improbable Research» (Anais da Pesquisa Improvável).

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