terça-feira, 18 de outubro de 2011

Morte de turista alemão na Polinésia ligado a suspeitas de canibalismo


Stefan Raimi e Heike Dorsch quando disfrutavam da sua viagem à Polinésia francesa. O primeiro desapareceu e os seus restos mortais foram encontrados na semana passada ©Daily Mail
A existência de canibalismo volta a ser debatida. Os restos mortais de Stefan Raimi, turista alemão, foram descobertos numa ilha da Polinésia francesa e proporcionaram o rastilho das da polémica, que tem sido reforçada por relatos ambíguos que vão sendo lançados pela imprensa internacional.A prática de canibalismo não passa, para muitos, de uma experiência que impera em Typee, novela de Herman Melville – autor de Moby Dick -, que relata as suas experiências durante a sua visita ao arquipélago no século XIX. Dois séculos depois, o canibalismo volta a ser discutido.
Os restos mortais de Stefan Raimi foram encontrados no meio da selva da ilha e, pelos relatos apontados pela imprensa internacional, as autoridades locais avançaram com várias, e contraditórias, informações.
A AFP cita o chefe das autoridades polinésias, Jose Thorel, para negar as suspeitas que o canibalismo terá sido a causa da morte de Raimi, devido à inexistência de provas que sustentem tal hipótese. Idêntico é o cenário noticiado pela Sky News, ao escrever, sem identificar fontes, que apenas que as autoridades locais «afastaram a denúncias que o turista alemão desaparecido na ilha teria sido comido por canibais».
Na esfera oposta estão o diário El Mundo e Daily Mail, que colocam nas suspeitas de canibalismo as bases da investigação policial que decorrer na ilha de Nuku Hiva. Ambos sublinham que «peritos locais» aponta que os restos mortais de Raimi que foram encontrados indicam que o alemão terá sido vítima de rituais canibais. E culpam o guia, Henri Haiti.
«As autoridades suspeitam que o caçador [Haiti] esculpiu a vítima, comeu partes do seu corpo e queimou o que restava do seu corpo, misturado com cadáveres de animais», lê-se na notícia do Daily Mail, que cita o diário alemão Bild.
Consensual em todos os relatos é a associação de Henri Taiti ao caso. O guia contratado por Stefan Raimi voltou sozinho da região montanhosa da ilha e disse a Heike Rolsche, namorada de Raimi, que este precisava de ajuda. Quando ambos se deslocavam para o local, e antes de Dorsch pudesse chamar por mais alguém, Taiti amarrou-a a uma árvore e abusou sexualmente da alemã. Após o abuso, Taiti fugiu do local e Dorsch acabou por se conseguir libertar.
Na passada semana as autoridades encontraram os vestígios mortais de um corpo, cujos dentes coincidiam com o registo dentário de Stefan Raimi. Tudo enquanto o guia continua desaparecido, com as buscas a prosseguirem na ilha e já com a participação dos serviços secretos alemães.
SOL

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