Dos três países que se encontram em processo de resgate, apenas em Portugal a atividade económica deverá continuar a cair nos próximos meses. Grécia e Irlanda dão sinais de recuperação. As previsões são da OCDE.
A atividade económica em Portugal deverá continuar a cair nos próximos meses, de acordo com os indicadores compósitos avançados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), ao contrário da Irlanda e mesmo da Grécia.
Os indicadores compósitos divulgados hoje - que apontam a tendência de crescimento ou queda a acontecer num período em média à volta de seis meses (entre 4 a 8 meses) - relativos a Portugal voltaram a cair em dezembro, aprofundando a perspetiva de contração para o futuro próximo.
Estes indicadores, nos dados relativos a Portugal, estão a diminuir desde janeiro de 2011 completando já um ano de queda (ver gráfico).
No entanto, os dados relativos à Irlanda e mesmo à Grécia dão conta de um ponto de retoma gradual em sentido inverso ao que acontece com Portugal.
Os indicadores compósitos avançados relativos à Irlanda estão a melhorar há três meses e já se encontram acima da média de longo prazo, enquanto na Grécia a melhoria tem-se verificado consecutivamente nos últimos seis meses.
Retoma à vista na zona euro
A OCDE aponta, no entanto, para uma viragem pela positiva na atividade económica nos países que compõem a organização, com a zona euro a apresentar sinais de que a deterioração da atividade se está a moderar.
Os dados relativos ao mês de dezembro apontam para uma mudança positiva da tendência de crescimento da OCDE como um todo.
Esta retoma é impulsionada sobretudo pelos indicadores relativos à atividade económica nos Estados Unidos e no Japão, mas a organização aponta que existem sinais de retoma em várias outras economias avançadas. Os indicadores relativos à Rússia e à índia demonstram um crescimento potencial da atividade económica.
No que diz respeito à zona euro, apesar da tendência de queda se manter, a OCDE diz que deteta já "sinais preliminares de que a recente deterioração nos CLI [indicadores compósitos avançados] se está a moderar", e mesmo que em sete dos 15 países que partilham a moeda única os indicadores apontam já para uma retoma.
Em sentido contrário está a China, cujos indicadores apontam agora de forma mais pronunciada para um abrandamento do crescimento económico.
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