A imagem foi captada através de uma ressonância magnética de alta tecnologia, que conseguiu mapear as diferentes conexões existentes entre as diferentes partes dos cérebros. O teste permitiu ainda entender o porquê das diferenças entre homens e mulheres.
As mulheres usam mais as partes direita e esquerda do cérebro, enquanto os homens têm uma atividade mais intensa em partes específicas, mais precisamente no cerebelo - responsável pela manutenção do equilíbrio e pelo controlo do tónus muscular e dos movimentos voluntários, bem como pela aprendizagem motora.
Os homens têm melhores conexões nas partes fronteiras e traseiras do cérebro, o que leva a que tenham uma maior rapidez na perceção da informação.
Isto leva a que, por norma, sejam mais hábeis em certas atividades complexas, como estacionar um carro ou aprender a nadar. E que as mulheres sejam melhores no que respeita a lembrar caras ou acontecimentos antigos, na medida em que, para isso, são utilizadas conexões entre várias partes do cérebro. As mulheres têm, portanto, bastante facilidade em socializar em situações que estejam ocupadas com outras coisas, devido à capacidade que o cérebro tem de se lembrar de nomes, caras e factos sobre certas pessoas.
Segundo Regini Verma, da Universidade da Pensilvânia, "os resultados mostram que se atribuirmos uma tarefa a um homem e a uma mulher, que envolva tanto o pensamento lógico, como o intuitivo, a mulher irá cumprir melhor a tarefa, dado que elas são melhores a conectar o lado direito com o lado esquerdo do cérebro". Regini acrescenta, ainda, que contudo "se tivermos uma tarefa a ter de ser realizada rapidamente, ela será melhor executada por homens, tendo em conta a sua conexão entre a parte frontal e traseira do cérebro".
No que respeita às capacidades motoras, devido à intensa atividade do cerebelo, os homens executam-nas melhor. Os cérebros masculinos facilmente se conectam no que respeita à reação e à coordenação motora. Já o feminino tem mais facilidade na comunicação entre o processo analítico e intuitivo do cérebro.
Estes resultados podem, também, ser vistos como um suporte para a teoria de apresentada no livro de John Gray "Os Homens são de Marte, as Mulheres são de Vénus", um manual de entendimento entre homens e mulheres, que explica que os sexos são tão diferentes como os extraterrestres.
Os cientistas envolvidos observaram 949 jovens - 428 homens e 521 mulheres com idades entre os 8 e os 22 anos - dividindo-os em 3 grupos etários, dos 8 aos 13 anos, dos 13 anos e meio aos 16 e dos 17 aos 22 - o que permitiu chegar à conclusão de que os cérebros das crianças apresentam menos diferenças entre sexos que os dos adolescentes.
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