Contestada por historiadores, políticos ou "simples" cidadãos, continua sobre a mesa a proposta governamental de abolição de alguns feriados identitários, entre eles o do 5 de Outubro e o do 1.º de Dezembro. Ambas estas datas assinalam momentos refundadores de Portugal e são por isso referências fundamentais que só em nome da ignorância poderiam ser perdidas ou subalternizadas. A 1 de dezembro de 1640, o País deu o primeiro e decisivo passo na caminhada da recuperação da independência, 60 anos depois de a ter perdido para a tentacular Espanha dos Habsburgos. A 5 de outubro de 1910 nasceu um Portugal reinventado segundo os valores da justiça e da fraternidade, exaustivamente recordados nas comemorações nacionais do centenário da implantação da República, no ano passado. Se os povos deixassem de cultuar as suas datas referenciais, o mundo tornar-se-ia um lugar mais pobre e uniformizado. Até para países hoje líderes e fautores da globalização, como os EUA, seria impensável deixar de colocar no topo da sua hierarquia de valores as datas matriciais - no caso americano a proclamação da independência (4 de julho) e a tradição dos "pais fundadores" do Dia de Ação de Graças (quarta quinta-feira de novembro).
É certo que outros momentos houve na História de Portugal igualmente relevantes e que... nunca foram feriados nem objeto de especial comemoração.
Os dez mais importantes.
- A primeira tarde portuguesa
- A maior das vitórias
- O começo da aventura ultramarina
- Portugal, superpotência mundial
- A viagem que mudou o mundo
- Nasce o imenso Portugal
- O verdadeiro dia da restauração
- Chegam as ideias novas
- O triundo do liberalismo
- O regresso à Europa
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