Era gente desta natureza que o País precisava de ter como
governante.
Eis a triste realidade do nosso
país.
Se
não quer perder tempo a ler o texto em baixo, vá directamente para o filme
(15minutos). Lá perceberá tudo, e chegará inexoravelmente à conclusão que jamais seremos um país evoluído. Calcule-se que
este Fiscalista/Advogado, com 250€ entalava uma data de gatunos.
O fiscalista Tiago Caiado
Guerreiro, a quem nos anos mais próximos não deverá ser permitido voltar a
pôr os pés numa televisão, explicou no programa «Opinião Pública» da SIC
Notícias como, em Portugal, as leis são feitas exatamente para não ser possível
apanhar as pessoas em situação de corrupção...
«Temos normas que tornam
totalmente impossível apanhar um corrupto em Portugal.
As normas são feitas
exactamente para não ser possível apanhar as pessoas em situação de corrupção e
não se conseguir provar em tribunal.
Estes casos todos, que estão em
tribunal, não vão dar em nada, porque a norma, mesmo que eles fossem filmados
no acto de corrupção, seria difícil provar em tribunal com as normas que temos,
quanto mais com advogados competentes (do lado dos corruptos).
Por outro lado, temos o
Ministério Público que está organizado, (e que sem culpa disso), para não
conseguir investigar a corrupção.
Também a polícia judiciária não
tem meios para investigar a corrupção.
Se juntarmos a isto, tribunais
pouco treinados e normas que não funcionam, então isto é o paraíso dos
corruptos.
Aliás, todos nós conhecemos
casos, ao longo do país todo, de fortunas inexplicáveis que continuam
inexplicáveis e que apareceram de repente, após o exercício de cargos políticos
ou em ligação com o Poder.
… Agora, um conjunto enorme de
medidas em vez de normas claras e transparentes sobre o que é que é a
corrupção, e isto não é difícil de fazer, bastando para tal copiar o que
existe, por exemplo, nos cinco países menos corruptos do mundo, são normas que
são muito transparentes, são normas que, ao contrário do que aqui está
previsto, não se aplicam a toda a população portuguesa.
Aplicam-se só a detentores de
cargos políticos, por isso são muito mais focadas naqueles que têm o risco de
praticar a corrupção e permite, por isso, um enfoque muito mais fácil da
polícia judiciária, do ministério público, dos tribunais e dos outros órgãos de
fiscalização.
… Todos nós sabemos que muita
gente sai dos cargos públicos, políticos, e depois vai para a frente de grandes
empresas e alguns deles criam grandes fortunas, quer dizer, tudo coisas que são
inexplicáveis e inaceitáveis em sociedades civilizadas, excepto neste país,
onde se pode bater sempre no contribuinte mas tratamos maravilhosamente bem os
corruptos…
Eu espero que isto não seja
mais uma vez o que tem sido feito, que sempre que eles alteram as normas de
corrupção, tornam-nas mais incompreensíveis e mais impossíveis de aplicar pelos
tribunais e pela investigação.
… Nós não temos um combate à
corrupção.
Temos normas de branqueamento,
que é uma coisa diferente.
Temos normas que permitem aos
corruptos saírem de um julgamento todos praticamente ilibados...
Há casos que eu acho
terríveis: as parcerias público-privadas e o BPN são de certeza casos de
polícia, são dois casos paradigmáticos em Portugal.